sábado, 23 de dezembro de 2017

Visto por aí #12

Na recente viagem que efectuei pelos Picos da Europa, para além de ter desfrutado de belezas naturais verdadeiramente espectaculares e paisagens de cortar a respiração, encontrei outra beleza na forma de uma impecável Honda CB750 K0 de 1969/70, equipada com um top case algo artesanal e inserida num grupo de maxi trails bem mais contemporâneas que com ela percorriam as estradas de montanha locais, com animados motociclistas britânicos já sexagenários aos seus comandos:

Honda CB750 K0 de 1969/70, vista em Boca de Huérgano-Espanha (Junho de 2017).

Para qualquer entusiasta de motos, a Honda CB750 (ou Honda Dream CB750 Four) é um modelo que dispensa apresentações. Consagrada com o título de “Mota do Milénio” (ver edição n.º 104 de Dez. 1999 da revista Motociclismo), é considerada a primeira superbike graças a uma performance e uma sofisticação fora do comum no ano do seu lançamento, em 1969, e pela grande influência que provocou no desenvolvimento do motociclismo mundial, acabando por provocar o colapso da poderosa indústria de motos inglesa.

O modelo CB750 K, ou K0 como também é conhecido, foi o primeiro de várias gerações que teve a sua grande mais-valia num motor tetracilíndrico em linha de 750cc, refrigerado a ar e de alta performance, ao que se juntou o arranque eléctrico, travão de disco na roda dianteira e uma caixa de 5 velocidades, tudo isto a um preço competitivo.

De 1969 a 1978, as diversas gerações (K0 a K8) foram equipadas com o motor de 4 cilindros SOHC de 736 cm3, com 4 carburadores, que debitava 67 bhp às 8.000 rpm e 59,8 Nm às 7.000 rpm. Apesar dos 218 kg de peso (a seco), a CB750 conseguia atingir os 200 km/h de velocidade máxima. Tudo isto com grande suavidade e fiabilidade. 

Com uma postura de condução vertical, ou standard, a Honda CB750 definiu o que se veio a designar por Universal Japanese Motorcycle (UJM), ou seja, Motociclo Japonês Universal.

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