terça-feira, 14 de maio de 2013

Lisboa Art&Moto

Motas, gente e animação nas ruas do LxFactory.

A aposta da organização em criar um evento original e internacional cujo formato envolvesse a arte, as motas personalizadas e o lifestyle associado revelou-se verdadeiramente ganhadora, expressa pela elevada adesão de motociclistas e entusiastas das subculturas urbanas, que quiseram marcar presença no espaço do LxFactory, em Lisboa.

Motas, gente e animação nas ruas do LxFactory.

Durante a tarde de Sábado do dia 27 de Abril pude testemunhar um ambiente de grande convívio entre todos os presentes, bem como uma grande quantidade e qualidade de motas de diferentes estilos (café racer, tracker, bobber, scrambler, brat, custom e afins) estacionadas na rua principal, em frente à livraria Ler Devagar que servia de quartel-general do Art&Moto Lisboa e que albergava a pequena exposição de artes plásticas, ilustração, pintura e fotografia de alguns artistas portugueses e espanhóis.

A livraria Ler Devagar acolheu este Arte&Moto Lisboa, com a Honda CS_01 “Gravedigger” em destaque (uma criação dos nortenhos Osvaldo Coutinho e Alexandre Santos da it roCkS!bikes com base numa Honda CB750 de 1992).

Entrada da exposição dos trabalhos de alguns artistas portugueses e espanhóis, com um ícone das motorizadas desportivas portuguesas, a célebre SIS Sachs V5.

Uma das vantagens de ver este tipo de motas ao vivo é ter a possibilidade de apreciar todos os detalhes e pormenores construtivos presentes nestas máquinas, onde é notório o empenho e dedicação que criadores e construtores colocaram na sua concepção, das mais profissionais às mais amadoras. Destaco aqui algumas das que me chamaram mais a atenção, constatando com agrado que a produção nacional1 não fica nada atrás do que se faz noutras paragens, muito pelo contrário:

Grande convívio entre os presentes, nacionais e estrangeiros.

BMW R90S café racer (1974).

Royal-Einfeld custom.

Honda CB 750 Kz ‘Cíclope’ (1980), dos espanhóis da CRD – Cafe Racer Dreams.

BMW R80 'Dark Law', magnífico trabalho dos portuenses da Ton-up Garage.

BSA Lightning 650 ‘ZZ TOP’ (1970).

Triumph Thruxton ‘Mighty Blue’, uma tracker da autoria os lisboetas da Maria Motorcycles.

Honda 350 Four café racer.

Triumph Trident bastante modificada (frente de uma ZXR750, aros Excel, travões Billet) mais ao estilo café fighter, de Hugo Ramos da revista REV – Motorcycle Culture.

Versão colorida da Sanglas 400 Y (motor Yamaha XS400) dos madrilenos da CRO - Cafe Racer Obsession.

O movimento em torno da cultura café racer/custom/vintage está em alta e em grande expansão um pouco por todo o lado, cada vez com mais e melhores trabalhos a serem criados, numa clara demonstração de inconformismo e de afirmação pelo alternativo e pessoal, com um regresso às origens e ao que é essencial e importante para uma mota: motor, ciclística e estilo próprio. Talvez os motociclistas estejam a ficar um pouco cansados de tanta tecnologia e da falta de “personalidade” da maioria das motas actuais... 


Parabéns à organização!

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1 Para além das exposições, gostaria também de ver na estrada algumas das mais emblemáticas motas nacionais do género, como por exemplo a BMW R45 Café Racer, a Yamaha XS2 650 REV/351 Works ou a já referida Honda CS_01 “Gravedigger”, todas elas presentes no último Lisboa Moto Show.

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