sexta-feira, 30 de abril de 2010

Concentração de Faro 2008: Desfile

As novas tecnologias não deixam de me surpreender.

Estava eu entretido a ver este vídeo no YouTube sobre o desfile da 27.ª Concentração de Faro (2008) e eis quando, aos 2 minutos e 30 segundos, surge esta imagem:



Ora cá está, sou mesmo eu... Nice!

quinta-feira, 29 de abril de 2010

Vincent Rapide Série C (1951)

Para qualquer apreciador de motas clássicas a marca Vincent HRD é sinónimo de qualidade, inovação, performance e desejo. Possuir um dos seus modelos não está ao alcance de todos (acima de tudo devido ao seu elevado preço), sendo a Vincent Série C uma das mais desejadas, especialmente a famosa Black Shadow de 1948 por ter sido considerada a mota de produção mais rápida do planeta naquele tempo.



A Vincent Rapide foi concebida no período da 2.ª Guerra Mundial, e a sua produção prolongou-se até meados dos anos 50 (1936-1955). O protótipo deste modelo foi a Série A apresentado em 1936, equipado com um motor V-Twin a 47,5 º que debitava 45 bhp (34 kW) de potência. O seu quadro incorporava a primeira suspensão traseira tipo cantilever, utilizada em todos os seguintes modelos da Vincent. Outras inovações incluíam o selector de velocidades de pé (em vez do selector de mão), a caixa de quatro velocidades (em vez de duas ou três) e o descanso lateral.



Com o aumento da potência verificou-se que a caixa de velocidades e a embraiagem não ligavam bem, tendo sido desenvolvida a Série B que utilizava tubos internos para óleo e a caixa de velocidades integrada na carcaça do motor. O ângulo entre os cilindros foi aumentado para 50 ° (em vez dos 47,5 º do motor da Série A), o que permitiu utilizar o motor como parte do quadro.



A Rapide utiliza como suspensão dianteira uma forquilha tipo “Girdraulic’’ (forquilhas “Girder” com amortecimento hidráulico). Os travões instalados na roda da frente e na roda de trás são de tambor duplo de 7 polegadas (180 mm) com uma maxila cada.



O banco traseiro é suportado por um sub-quadro até ao ponto pivô do quadro traseiro, proporcionando um assento semi-suspenso com 6 polegadas (150 mm) de curso. A Vincent utilizava rodas facilmente desmontáveis para facilitar a sua substituição ou dos pneus. A roda traseira é reversível e podiam ser adaptadas rodas dentadas de variados tamanhos para mudanças rápidas da relação de transmissão.



As letras ‘HRD’, que correspondem às iniciais do fundador da marca, o Britânico Howard Raymond Davies, foram descontinuadas em 1950, quando a Vincent pensou entrar no mercado Americano e para evitar a confusão com as letras ‘HD’ da marca Harley-Davidson.



Após a 2.ª Guerra Mundial, a quebra de vendas de motas mais caras foi-se acentuando, acabando por ditar o encerramento da Vincent em 1956. A marca recusou comprometer a qualidade, que, infelizmente, fez com que se mantivessem os preços elevados. A Vincent foi muitas vezes acusada de ter sido vítima de “over engineering”.



Ficam as imagens do “Crème de la Crème” das motas do período pós-guerra, sendo um autêntico hino à engenharia das duas rodas.



Pura contemplação...

Fonte: Southsiders Motorcycle Culture

quarta-feira, 28 de abril de 2010

Historic Motos Ardennais - Jehonville

Organizado pelo Classic Racing Motorcycle Belgium (C.R.M.B.), disputa-se anualmente uma competição de estrada para motas clássicas no circuito “campestre” de Jehonville, na região das Ardenas (cerca de 120 km a SE de Bruxelas), que incluem diversas categorias de motas e side-cars.



Esta prova faz parte do Campeonato de Motas Clássicas da Bélgica (Challenge C.R.M.B.), cujas corridas de TT são abertas à participação de pilotos Belgas e de outros países, realizando-se as mesmas nos circuitos de estrada de Mettet, Chimay, Jehonville e Gedinne, na região Sul da Bélgica, entre Maio e Setembro.



Todos sabemos como é preciso tê-los bem no sítio (os nervos, claro!) para conduzir uma mota actual num circuito fechado, mas... como será com uma mota clássica em estrada?



Ajustem o som para ver este vídeo e imaginem que estão aos comandos desta Honda durante as primeiras 5 voltas da corrida da classe de 350 cc, durante a 22.ª edição do Historic Motos Ardennais - Jehonville 2008.



Quase que dá para sentir as vibrações da máquina...

Segundo o piloto, a prova não correu na perfeição devido a uma má partida e a alguns problemas na caixa de velocidades da mota, mas ainda assim conseguiu terminar na 3.ª posição.

Adrenalina em alta.

terça-feira, 27 de abril de 2010

As scooters em Portugal: O início



“(…) Em 1918 surgiu uma moda que, embora tenha durado pouco, apenas dois anos, muito deu que falar: a das scooters. Talvez o êxito se deva à publicidade de elegantes senhoras que, por todo o lado, circulavam de scooter. Chamou-se scooter a estas motos por serem semelhantes às trotinettes, ainda que melhores.

Em Portugal, as primeiras scooters foram apresentadas no Salão do Porto, mas como as senhoras as achavam demasiado arrojadas, a moda não vingou. É curioso que, durante o século xx, por três vezes, a scooter esteve na moda: primeiro em 1918, depois em 1950/60 e, finalmente, nos anos 90. (…)”

Este texto em conjunto com a fotografia acima foi retirado do magnífico livro “As Motos do Século, o Século das Motos” (edição da Parque Expo 98, S.A. para exposição com o mesmo título, realizada na FIL de 3 a 27 de Agosto de 2000) e resume como a moda das scooters chegou a Portugal.



O curioso e divertido modelo presente na foto designa-se por Autoped e foi produzido nos Estados Unidos durante as duas primeiras décadas do século XX.



Foi também fabricada sob licença na Alemanha pela Krupp, na antiga Checoslováquia pela CAS e no Reino Unido pela Douglas.



Mas afinal que tipo de máquina era esta?



Desde 1915 que a Autoped Company, sedeada na cidade de Long Island, New York, produzia uma compacta scooter pensada para percorrer pequenas distâncias.



Desenhada por Arthur Gibson e Joseph Merkel (o criador da Flying Merkel) é considerada a primeira scooter motorizada inventada na América, onde o condutor permanecia em pé numa pequena plataforma com duas rodas de 15" (38,10 cm).



Propulsionada por um motor monocilíndrico a 4 tempos refrigerado por ar com 155 cc e assente na roda dianteira, podia atingir velocidades de 20 mph (um pouco acima dos 30 km/h).



Era leve (96 lbs - 43,5 kg), fácil de manipular, fácil de conduzir e permitia percorrer 125 milhas (mais de 200 km) com apenas 1 galão de gasolina (3,8 l).

Para operar esta scooter, o condutor tinha que empurrar o guiador para a frente para accionar a embraiagem e depois puxá-la um pouco para trás para ficar em roda livre. Puxando o guiador para trás accionava o travão dianteiro (o único existente).

Esta descrição faz-me lembrar outro veículo bem mais tecnológico e actual... o famoso Segway!

Terminada a sua deslocação, a coluna de direcção (onde se encontravam os comandos da Autoped) era dobrada para cima da plataforma para uma maior facilidade de arrumação.



A scooter Autoped deixou de ser produzida nos Estados Unidos em 1921.



Fontes: The Scooter Scoop e Ride the Machine

segunda-feira, 26 de abril de 2010

Honda CB450 K1 (1968)

No tempo em que a corrida desenfreada pela potência ainda não tinha começado, a Honda CB450 era uma das mais desejadas motas que se podiam adquirir, tendo colocado toda a indústria Britânica em perigo nos anos 70.



A escolha fazia-se então entre as carismáticas e insolentes Britânicas (que invariavelmente iriam marcar o seu território com uma pequena poça de óleo), as cruisers de peso Americanas ou as (quase) peças de joalharia e de grande fiabilidade da Honda.



Esta CB450 de 1968 é uma das cerca de 6000 unidades produzidas do modelo K1, com um simples emblema contendo a inscrição ‘450’ nos painéis laterais, debaixo de um assento de vinil preto texturado com debrum branco delicado. O depósito de combustível era diferente relativamente ao modelo K0 “Black Bomber” introduzido em 1965, sendo o K1 um modelo bastante mais atraente e com um “look” mais contemporâneo.



O exemplar das fotografias foi restaurado pelo talentoso Jean-Claude Barrois, um soldador de profissão e um amigo do colectivo Southsiders, que modificou esta CB450 de uma forma subtil para lhe adicionar um toque mais desportivo, criando novos guarda-lamas e instalando em sistema de escape redesenhado, entre outras.



As excelentes fotografias são da autoria de Guerry & Prat Images, um estúdio que se está a tornar num dos maiores especialistas em fotografia de motas na Europa.

Fonte: Southsiders Motorcycle Culture

sexta-feira, 23 de abril de 2010

A necessidade aguça o engenho

Durante um raid solitário em 1993, o Francês Emile Leray ficou encalhado no meio do deserto Marroquino entre Tan-tan e Zagora com o Citroën 2CV que tinha preparado para a expedição, necessitando regressar à civilização.



Utilizando apenas o que tinha à mão, o criativo Emile criou esta mota a partir do seu 2CV avariado:



Sem o auxílio de um maçarico nem de ferramentas eléctricas, demorou um pouco mais de dez dias para a construir.



Felizmente que Emile conseguiu chegar a casa são e salvo.



Lá diz o ditado: “A necessidade aguça o engenho”.

Fonte: Ride the Machine

quinta-feira, 22 de abril de 2010

REV - Fora da bolha



“Há 19 anos dei início a um projecto que marcou o panorama editorial na área das motos em Portugal. Estabelecendo novos padrões.

Desta vez não pretendo ser melhor que ninguém. Apenas diferente. Trilhar um novo caminho. Original. Espero consegui-lo.”

Através destas palavras, o ex-director da revista Motociclismo, Vitor Sousa, apresenta um novo projecto editorial em conjunto com Hugo Ramos, Manuel Portugal e Edgar Antunes, dirigido a todos os que gostam de motas e que vêm nelas uma expressão cultural.

À venda dia 15 de Maio.

Votos de grande sucesso!

Fonte: Pela estrada fora

quarta-feira, 21 de abril de 2010

A mais valorizada



Ainda não é clássica nem tão pouco uma pré-clássica pois foi fabricada em 1992, mas a Suzuki SW-1 não só para lá caminha como pode orgulhar-se de ser a moto mais valorizada do mundo.



E isto porque apesar da sua jovem idade, é tal maneira rara (só foi vendida no Japão e só durante alguns meses) e de tal maneira esquisita (parece-se muito com as scooters excêntricas dos anos 50 muitas das quais também só se fabricaram em pequenas séries), que tem despertado a atenção e interesse de coleccionadores de motos em todo o mundo.



Quando, por milagre ou quase, aparece uma á venda, o seu valor pode chegar aos € 15.000, três vezes mais que o seu preço original de venda.



O mais curioso é que até hoje não há uma explicação oficial para a marca japonesa a ter deixado de fabricar tão pouco tempo depois de ter sido lançada!

Fonte: M&M Clássicas

segunda-feira, 19 de abril de 2010

A Crocker bobber de Jeff Decker



Para além das belas esculturas em bronze saídas do seu Hippodrome Studio, o artista Jeff Decker concebeu esta magnífica bobber tendo por base uma não menos espectacular Crocker V-Twin.



A marca Americana Crocker foi criada por Al Crocker em 1932, cujos modelos concebidos por este génio estiveram sempre à frente do seu tempo em termos de design e função. As suas motas eram visualmente apelativas, e parecia que Crocker tinha um olho perfeito para o equilíbrio das formas, cor e simplicidade.

Foram fabricadas cerca de 30 Crocker monocilíndricas destinadas às corridas nas famosas speedway, antes de Crocker optar pelos grandes V-Twin para as motas de estrada. Aproximadamente 100 destas V-Twin foram fabricadas entre 1936-1942, estimando-se que apenas existam actualmente cerca de 68 unidades.

Recentemente, um exemplar devidamente restaurado ultrapassou a barreira dos $ 300,000!

Podem ver aqui alguns magníficos exemplares de modelos V-Twin da Crocker.

Fonte: Southsiders Motorcycle Culture

sexta-feira, 16 de abril de 2010

Do novo se faz velho

Quem já não passou pelo sentimento de impotência perante a situação de ver o seu veículo novo, comprado com tanto gosto e ao qual lhe dedicava bastante atenção, cair nas mãos dos amigos do alheio?



Para garantir que os nossos bens permaneçam nas nossas mãos nos locais onde a segurança da sua mota (ou a falta dela) é um problema sério, nada melhor que desencorajar os possíveis interessados através de um visual tipo “ferro” ou “rat”!

Esta foi a solução encontrada por Dominic Wilcox com o seu Anti-Theft Bike/Car Device, utilizando autocolantes aplicados em locais estratégicos que imitam os riscos e a ferrugem da pintura.



Não sei se a utilização deste sistema de... digamos... camuflagem é 100% garantido, mas pelo menos tem a vantagem de ser muito fácil transformar o velho em novo outra vez, bastando para tal retirar todos os autocolantes anteriormente colocados.

Realmente a imaginação não tem limites...

Fonte: Go Away Garage

quinta-feira, 15 de abril de 2010

Variações sobre o Flat-Twin

A designação Flat-Twin corresponde aos motores de dois cilindros opostos (Boxer), normalmente associados às motas da gama ‘R’ da “marca da ventoinha”, cujo primeiro modelo foi a icónica BMW R32 concebida por Max Friz e que foi a estrela do Salão de Paris de 1923.

Aqui ficam alguns bons exemplos de como esta configuração aparentemente mais “rudimentar” pode ser aproveitada para conceber magníficas Bobbers e especialmente Café Racers:























Fonte: Go Away Garage